sábado, 11 de abril de 2015

Confira nossa resenha de "Sound of Woman", o álbum da Kiesza.


Para quem não conhece, Kiesza é uma cantora, bailarina e atriz canadense. A ruiva começou a fazer sucesso em 2014 com o lançamento do seu disco Sound of Woman. O álbum que mistura a sonoridade anos 90 com os vocais agudos e impactantes da moça ganhou destaque na imprensa relacionada.A produção é bem original por não trazer influência do R&B (patentiado por Rihanna) e nem da dance music (comandada por Britney Spears). Agora vamos conferir o review do álbum Sound of Woman e conferir se esse CD é mesmo de alta qualidade:


1° Hideaway: Para abrir o álbum a escolha foi a canção que lançou essa diva para o estrelado em 2014. Embalada pela dance house anos 90 essa faixa é uma excelênte mistura de sintetizadores com os vocais poderosos e gritos emergências da vocalista. Kiesza canta de forma dançante sobre oque parece ser o término de um relacionamento. outro ponto que merece destaque é clip da música  onde a cantora exibe muito bem seus dotes de dançarina. Nota: 9,0.



No Enemiesz: Seguindo a onda dance nostálgica, No Enemiesz continua mantendo o ritmo do disco lá em cima. O diferencial aqui é a ousadia na produção da faixa. A voz brilhante de Kiesza transcende sobre a produção pesada, proporcionando uma justaposição que se faz  totalmente divertida de ouvir. É dance para ninguém botar defeito , é obra-prima de verdade.Nota:10,0.



Losin' My Mind (feat. Mick Jenkins):Nesse momento o ritmo dançante do álbum cai, e se engana quem pensa que Kiesza não segura uma balada. Losin' My Mind é um número mid-tempo imponente com um quê de anos 80 e hip-hop. Nessa  faixa a cantora  fala sobre ficar 24 horas com uma pessoa na mente.Aqui ela demonstra uma variação vocal e une seus vocais arejados aos do rapper Mick Jenkins, cujos versos se perderam em meio as batidas e quebrou um pouco o ritmo da música. Essa música não chega a ser a melhor balada do disco, mas também tem seu potêncial. Nota: 8,5.



4° So Deep: Nessa canção os vocais sussurrados provocam os tímpanos enquanto  ela sussurra: "Eu sinto que você está tomando conta de mim / Eu ainda estou te amando agora, agora, agora." O ponto forto aqui são os vocais suaves e sussurrados da vocalista. A sonoridade da faixa pega carona no R&B da canção anterior, e  o resultado é ainda melhor. Nota: 9,0.



Vietnam: Voltada para as pistas de dança essa música pode transportar qualquer um para os anos 90. Os vocais  de Kiesza estão no ponto certo e as batidas da música   nos leva perfeitamente ao ambiente de deep house. A faixa  faz um comparativo entre o sentimento que a permeia e a Guerra do Vietnam. Colocando Kiesza no centro de um combate romântico.Ta aí uma música que merecia virar single é mais umas das pérolas desse Cd. Nota: 10,0.

          

Bad Things(feat. Joey Bada$$): Demonstrando que  se adapta facilmente a produções R&B e hip hop tão bem quanto o EDM, a cantora se une ao hip hop de Joey Bada$$ e nos dá um dos grandes (e inusitados) momentos do álbum. Foi uma surpresa sensual e muito boa, dando uma certa dose de "arrogância" que a faixa. E sendo algo com singularidade e atitude para o disco.Nota: 10,0



Whats Is Love: Essa canção ganha o "titúlo de maior surpresa do álbum". É um cover que transformou numa balada  delicada  o clássico eurodance de 1993 de Haddaway. Demonstrando  seu talento para uma sonoridade mais crua e minimalista a cantora dá a música um significado completamente diferente.A baladinha de cortar o coração nos deixa conectados a cada palavra que sai de sua boca se questionando a respeito desse sentimento confuso chamado "amor". Nota: 8,0.




Sound Of A Waman: Para tudo! a faixa titúlo do álbum é uma grande balada. Arrisco dizer que é a melhor balada do álbum. Num hino feminista e grandioso, ela enxuga as lágrimas que soltou em "What is Love" pra encarar um término de cabeça erguida e aposta num tom quase que vingativo ao lembrar-se que: "Mais uma vez, eu vou perguntar por que você me deixou perder todas aquelas noites. Se eu soubesse, eu não teria deixado você entrar em minha vida". Voltando mais tarde, no ambicioso e brilhante refrão "Talvez seja esse o som de uma mulher. Talvez seja esse o som que um coração faz quando ela está chorando por um cara. Prendendo-a ao amor que você não pode escapar. Você entenderia se você escutar. Você não vai encontrar seus olhos voltados para a porta. Talvez seja esse o som de uma mulher. Implorando que você tente um pouco mais". Nota :10,0.



The love : Começando devagar e nos fazendo pensar que se trada de mais uma balada, Kiesza nos surpreende novamente.Após os 30 segundos, aparece a uma grande e forte batida da canção. Da melhor maneira possível,"The Love" parece que foi levantada diretamente do estúdio de gravação grupo Eurodance. Pulsando por todos os lados ouvimos  mais uma faixa perfeita para as pistas de dança. Nota: 9,0




10° Piano: Essa daqui me lembrou muito Katy Perry quando tenta mostrar maturidade e originalidade sonora. Com os vocais emocionalmente carregados a cantora compara seu corpo a um piano, pronto para ser tocado em busca da mais perfeita melodia. E pelo resultado parece que ela conseguiu  porque essa melodia é deliciosa.Nota: 9,0.



11° Giant In My Heart: Quase perto do fim do álbum, somos pegos de surpresa por outra faixa surpreendente. Trazendo a influência  dance noventista  para a canção a vocalista canta sobre dor de cotovelo. Os vocais de apoio masculinos, é outro grande destaque da produção. O que também não deixa a desejar é o clip da música que é bem surpreendente.Nota: 10,0.



12° Over Myself : Depois da impecável produção da faixa anterior fica difícil não ofuscar as músicas seguintes. E infelizmente Over Myself ficou um pouco ofuscada. A produção aqui é uma dance house anos 90. A faixa não é ruim, porém é abaixo da média do disco. Nota: 7,0.


11° Cut Me Loose : Provando mais uma vez que o Cd deveria ter acabado em "Giant In My Heart" , essa faixa segue apagada encerrando o álbum.Iniciada ao piano, com vocais bem controlados e mais inclinada ao soulful outra vez, Kiesza com delicadeza brinca com sua relação entre a música e o amor, de forma sensual. Nota: 7,0.

Consideração  final

O “Sound of a Woman” não é, necessariamente, um disco ambicioso, pois possui ausência de um tema forte ou um senso de direção pré-determinado. Eventualmente, também é composto por alguns tentativas de recriar o sucesso de “Hideaway” e replicar sua estrutura básica. Mas levando em conta a sua releitura moderna do deep house e sua sonoridade descompromissada e divertida, pode-se dizer que o álbum é muito bem feito para o que se propõe. Katy Perry deviria estudar isso aqui e aprender como se faz uma álbum retrô e cheio de personalidade.
Se o som de uma mulher está repleto de contrastes e cheio de diversidades, o título "Sound of a Woman" é ideal para o disco.O aspeto camaleónico, é evidenciado nas variações entre dance e baladas, e perpetuado ao longo das 13 canções do álbum. Kiesza nos traz um álbum extremamente sensual, lidando com amores e dissabores (algumas vezes frustrantes), mas ainda assim, bem eficientes e marcados por todo seu potencial vocal, que é soberano na produção ao longo de tons super altos e outros mais delicados. Aliás eu pessoalmente achei a voz dela bem melhor quando produzindo tons suaves, e acho que o que faltou para seus vocais foi a utilização de notas graves. Contudo o resultado da produção é sem duvida formidável.

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